Colesterol: mocinho ou vilão?
Nem todos sabem, mas o colesterol é uma substância necessária para o nosso organismo, sem ele não viveríamos. Ele é responsável, por exemplo, na formação da membrana que envolve as células do nosso corpo, bem como para os hormônios sexuais, entre eles, a testosterona..
Ele desempenha funções essenciais em nosso organismo como a produção de alguns hormônios tais como vitamina D, hormônios sexuais ( estrogênio e testosterona), cortisol e ácidos biliares que ajudam na digestão de gorduras. É um componente estrutural das membranas celulares em nosso corpo e está presente no coração, cérebro, fígado, intestinos, músculos, nervos e pele.
No entanto, o excesso de colesterol é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, isso porque pode formar placas de gorduras na parede das artérias dificultando o fluxo sanguíneo ou até obstruindo sua passagem.
De forma simplificada, existem dois tipos de colesterol:
👉 1. LDL colesterol – Conhecido como colesterol ruim ou mau colesterol. Trata-se de uma lipoproteína de baixa densidade que carreia as partículas de gordura do fígado e de outros locais para as artérias.
👉 2. HDL colesterol – Conhecido como colesterol bom. Trata-se de uma lipoproteína de alta densidade que tem uma ação contrária a do LDL, ou seja, como um “faxineiro”, o HDL remove o colesterol das artérias e os leva de volta para o fígado, impedindo seu acúmulo.
Diferente do que muita gente imagina o colesterol alto não é uma “exclusividade” de quem está acima do peso. Existem muitas pessoas magras com colesterol elevado e isso acontece por causa de problemas genéticos, quando fígado acaba produzindo um excesso dessa gordura, “nesses casos a dieta não resolve ou contribui muito pouco, aí entra o medicamento”, afirma.
E mais: nos últimos anos os índices de crianças com colesterol alto aumentaram muito, e sobre isso vale ressaltar a mudança de comportamento e estilo de vida das famílias, principalmente no que diz respeito a prática de exercícios físicos e o que é ingerido.
O colesterol alto é uma doença silenciosa, logo, sua identificação ocorre somente por exames de sangue. Muitos fatores podem contribuir para o aumento do colesterol como tendências genéticas ou hereditárias, obesidade, diabetes, sedentarismo e idade. No entanto, um dos fatores mais comuns é a dieta já que 30% do colesterol do nosso organismo é proveniente da nossa alimentação.
As gorduras, sobretudo as saturadas, presentes em alimentos de origem animal, contribuem para elevação do colesterol sanguíneo. Por outro lado, uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e grãos evita o aumento do colesterol. A prática de exercícios físicos também desempenha papel importante no adequado controle do colesterol sanguíneo, principalmente no aumento dos níveis séricos do colesterol bom (HDL).
As taxas ideias de LDL colesterol variam de pessoa para pessoa com base nos fatores de risco para doença cardiovascular de cada indivíduo e algumas vezes, apenas uma alimentação regrada não é suficiente para se atingir esse alvo e se faz necessário o uso de medicamentos.
Por outro lado, almejam-se níveis plasmáticos cada vez mais elevados do HDL colesterol seja na prevenção cardiovascular ou mesmo nos indivíduos que já tenham doença estabelecida. Para esse fim, como mencionado anteriormente, a atividade física desempenha papel importante e a ingestão de flavonoides que podem ser encontrados em diversas frutas, vegetais, cereais e sementes. Daí a informação amplamente difundida que vinho ajuda a melhorar o colesterol.
Em suma, apesar de ter franco benefício em nosso organismo, colesterol alterado está diretamente relacionado ao risco de infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC), situações graves, limitantes e potencialmente fatais a curto, médio e longo prazo.
Recomendações para quem está com problemas de colesterol, ou mesmo para aqueles que querem evitá-lo:
– Não comer frituras, enlatados ou embutidos;
– Não comer carnes em geral;
– Eliminar os produtos derivados de leite;
– Incrementar o consumo de diversos vegetais de cor verde;
– Incluir frutas na refeição, preferencialmente no desjejum;
– Evitar os alimentos refinados: arroz branco, massas, pão branco;
– Fazer bom uso de alimentos integrais: arroz integral, massas integrais, aveia, cereais; etc;
– Iniciar um programa pessoal de exercícios, praticando algo que lhe seja agradável.
Gostou dessa matéria? Então confira outras matérias que separamos para você.
Você sabe o que é câncer de orofaringe
Doenças renais: conheça os cinco tipos mais comuns
Embolia pulmonar: você sabe o que é?
Você sabe o que é escabiose?